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Quando Tolstói quase virou presa de uma ursa

Aos 30 anos, o escritor quase morreu durante uma caçada.

O futuro escritor clássico foi um caçador ávido durante boa parte de sua juventude — seu pai lhe incutiu o amor por tal atividade. Ele era um atirador certeiro, entendia muito de cães de caça e frequentemente caçava na companhia de seus irmãos, bem como de outros dois escritores famosos – Ivan Turguêniev e Afanási Fet. Durante as caçadas, ele frequentemente se feria e se tratava de forma descuidada. Mas uma caçada de urso quase custou a vida de Tolstói.

Em 22 de dezembro de 1858, não muito longe da cidade de Vichni Volotchok, o escritor saiu para caçar um urso. Ao se deparar com uma ursa, o camponês que liderava a caçada aconselhou Tolstói a pisotear a neve ao seu redor.

Ele resistiu, dizendo que pretendia atirar — não lutar. Quando a ursa se aproximou de Tolstói, o tiro não só não deteve o animal, como o deixou ainda mais furioso. A ursa então investiu contra o caçador.

Por causa da neve profunda, o escritor caiu e a única coisa capaz de fazer foi repelir as presas com seu grande chapéu de pele. Foi o camponês quem salvou Tolstói – ele conseguiu afugentar o animal enfurecido. A ursa, porém, conseguiu arrancar um pedaço de pele da testa do escritor. Apesar do acidente e do ferimento, os caçadores retornaram à floresta no dia seguinte e mataram a mesma ursa.

Tolstói levou a pele consigo como troféu. Atualmente, encontra-se no salão principal da casa de Tolstói em Khamovniki (Moscou), sob o piano Becker, no qual Rímski-Kôrsakov, Taneiev e Rachmaninoff tocaram. O incidente da caça, por sua vez, é descrito no conto “A caça é pior que a escravidão”.

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