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Os 4 filmes de animação mais premiados da Rússia
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‘Bolero’ (1992), dirigido por Ivan Maksimov
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Um dos manifestos da nova animação pós-soviética – um filme sem qualquer enredo claro que não pode ser decifrado de cara. Ao longo de cinco minutos, o espectador observa como um estranho monstro viaja por um castelo medieval com ‘Bolero’, de Maurice Ravel, tocando ao fundo.
Este trabalho de pós-graduação do jovem animador Ivan Maksimov ganhou o Urso de Ouro em Berlim na competição entre curtas-metragens.
‘Gagárin’ (1994), dirigido por Aleksêi Kharitidi
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Isto é o que acontece quando um nome escolhido com precisão transforma um grande filme em um filme extraordinário. O título desta obra, que lhe conferiu uma dimensão filosófica, foi ideia de Eduard Nazarov, o diretor da icônica comédia de desenho animado pós-soviética ‘Era uma vez um cachorro’.
A trama gira em torno de uma lagarta que tem inveja de borboletas e pássaros. Certo dia, ela sente a sensação de voar – ao se encontrar dentro de uma peteca para uma partida de badminton. ‘Gagarin’, de Kharitidi, tornou-se um dos principais sucessos da temporada nos festivais – ganhou a Palma de Ouro em Cannes e chegou a receber uma indicação ao Oscar.
‘O Velho e o Mar’ (1999), dirigido por Aleksandr Petrov
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Aleksandr Petrov foi o primeiro e o último diretor de animação soviético a obter uma indicação ao Oscar – em 1990, com o seu ‘A Vaca’ (e no ano seguinte, a URSS deixou de existir).
No total, Petrov seria nomeado mais três vezes e, enfim, receberia a sua estatueta em 2000, pela sua adaptação de “O Velho e o Mar” de Hemingway — executada com sua técnica de “pintura sobre vidro”, que é a marca registrada do diretor. Este desenho animado se tornou o primeiro filme de animação em IMAX.
Não podemos viver sem o cosmos (2014), dirigido por Konstantin Bronzit
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Bronzit é o único diretor russo que ganhou três vezes o grande prêmio do festival de Annecy — o maior festival de animação do mundo. Uma das animações que lhe rendeu a vitória foi ‘Não podemos viver sem cosmos’ – uma parábola sobre amizade e solidão. Além de Annecy, venceu dezenas de prêmios em todo o mundo, de Melbourne a Tóquio.
Também recebeu uma indicação ao Oscar (a segunda do diretor – em 2009, seu ‘Lavabo – História de Amor’ já havia ficado entre os cinco indicados). Anos depois, Bronzit continuaria abordando o tema espacial e criaria um filme com nome semelhante, porém com enredo não relacionado – ‘Ele não pode viver vem cosmos’ (2020) — que também chegou a ser indicado ao Oscar.
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