Você sabia que Maia Plissétskaia foi aceita na companhia do Bolshoi durante o auge da Segunda Guerra Mundial?
A lendária bailarina Maia Plissétskaia nasceu em uma família singular, que já contava com dois solistas do Bolshoi: seu tio Assaf Messerer, em 1921, e sua tia Sulamith Messerer, em 1926. Ambos se tornaram renomados professores de balé — e foram eles também que criaram Maia e o irmão depois de perderem o pai e terem a mãe presa e deportada.
Não é, portanto, surpresa alguma que, com apenas 10 anos de idade, Maia, então aluna da escola de coreografia, tenha subido ao palco do Bolshoi no papel pequeno de Fada Miúda em “A Bela Adormecida”, de Piotr Tchaikovsky (também grafado como Tchaikóvski).
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, no outono de 1941, Maia e sua família foram evacuados para Sverdlovsk (atual Ekaterimburgo). Apesar das duras condições, foi durante essa evacuação que ela realizou uma de suas primeiras apresentações significativas – “A Morte do Cisne”, na versão coreográfica de Sulamith Messerer.
Após retornar a Moscou e ser aprovada no exame final da Escola de Balé de Moscou em 1943 (com uma atuação de destaque como a Rainha das Dríades em “Dom Quixote”), Plissétskaia foi aceita no Balé Bolshoi, que havia retornado à capital soviética.
Seu primeiro papel foi Macha em “Quebra-Nozes”, de Tchaikovsky, no ano de 1944. Um ano depois, interpretou a fada de outono em “Zolushka”, de Serguêi Prokofiev. Ela enfim se tornou a prima ballerina do Bolshoi em 1960 e lá se apresentou até 1990. Plissétskaia faleceu em maio de 2015, aos 89 anos, em decorrência de um ataque cardíaco.
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