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Retrato chocante da 2ª Guerra, “Vá e Veja” é atração no YouTube neste fim de semana

Elem Klimov/Mosfilm, Belarusfilm, 1985
Sob a perspectiva de adolescente, filme transportou realidade cruel do conflito para a telona.

O projeto “Cinema Soviético e Russo em Casa” exibe neste fim de semana “Vá e Veja”, de Elem Klimov. O filme de guerra ficará disponível no canal do CPC-UMES no YouTube das 19h00 de sexta-feira (18) às 19h00 de segunda-feira (21).

A história se passa em 1943, quando o adolescente Floria, de uma aldeia bielorrussa, encontra um velho fuzil e se junta ao movimento guerrilheiro de resistência contra os nazistas. Com realismo, o filme mostra que nada é mais terrível do que aquilo que a humanidade leva a cabo em tempos de guerra.

Na época da Segunda Guerra Mundial, a ocupação da Bielorrússia por nazistas foi de uma selvageria sem precedentes. Das 9.200 localidades destruídas na URSS durante o conflito, 5.295 estavam situadas nessa região. Mais de 600 vilas, como Khatyn, foram arrasadas juntamente com toda a sua população. Cerca de 2.230.000 de soviéticos — um terço dos habitantes da Bielorrússia — foram mortos durante os anos da invasão alemã.

Durante as filmagens foram usadas balas de verdade. Por vezes, elas voavam bem por cima da cabeça dos atores, tornando genuínos seus olhares aterrorizados. Não por acaso, “Vá e Veja” foi diversas vezes considerado o melhor filme de guerra de todos os tempos e é, certamente, o longa-metragem soviético mais popular do mundo. 

O diretor, Elem Klimov, nasceu e cresceu em Stalingrado, e foi evacuado da cidade quando menino durante a Segunda Guerra Mundial. Em entrevistas, ele confirmou que a experiência em tempos de guerra influenciou “Vá e Veja”.

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O Cinema Soviético e Russo em Casa é uma realização do Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (CPC-UMES), que distribui e comercializa no Brasil os filmes do Estúdio Mosfilm.

Ao longo do ano de 2025, estão sendo exibidos longas dos mais variados gêneros a partir de matrizes restauradas, incluindo clássicos de Bondartchuk e Tarkóvski.

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