
Como era a Rússia em 1905 (FOTOS)

O ano de 1905 é conhecido como o ano da primeira Revolução Russa. Janeiro começou com uma greve de trabalhadores na fábrica Putilov, em São Petersburgo, que então se espalhou para todas as fábricas da cidade.

No final de janeiro, ocorreu o ‘Domingo Sangrento’, que marcou o início da primeira revolução russa. Os operários marcharam em protesto até o Palácio de Inverno, levando uma “petição sobre as necessidades dos trabalhadores” ao tsar. Eles exigiam a convocação de representação popular na forma de uma Assembleia Constituinte.
A manifestação foi violentamente dispersada com armas de fogo e muitos morreram.

O presidente do Conselho de Ministros Serguêi Witte (foto abaixo) foi indiretamente culpado pelo derramamento de sangue. Ele estava ciente da petição, mas não quis se dirigir ao tsar com antecedência nem tentou resolver o conflito.

Os tumultos públicos ofuscaram a felicidade na vida particular de Nicolau 2º, cuja esposa, apenas um ano antes, finalmente dera à luz o tão esperado filho, o herdeiro do trono.

Nicolau 2º fez concessões e prometeu convocar a primeira Duma de Estado. A foto abaixo mostra uma manifestação por ocasião do manifesto tsarista ‘Sobre a Melhoria da Ordem Estatal’ em 17 de outubro de 1905.

O sentimento revolucionário também varreu a antiga capital. Em fevereiro, revolucionários jogaram uma bomba na carruagem do Governador-Geral de Moscou, Grão-Duque Serguêi Aleksandrovitch, bem no Kremlin de Moscou. Ele foi morto no local (a foto abaixo mostra o exato ponto do ataque).

A revolução de 1905 culminou na revolta de dezembro em Moscou. Barricadas começaram a aparecer nas ruas.

Trocas de tiros eram ouvidas em Moscou de tempos em tempos. A Escola Fidler (foto abaixo) foi alvo de bombardeios pesados, porque jovens de mentalidade revolucionária se reuniam no local.

Enquanto isso, confrontos armados aconteciam em diferentes partes da cidade. A foto abaixo mostra a fábrica Schmidt destruída, no distrito de Presnia.

A revolução se espalhou pela metade do Império, chegando à Crimeia e aos Urais. A foto abaixo mostra o convés danificado do cruzador ‘Otchakov’, onde a revolta em Sevastopol começou.

A rebelião dos marinheiros do famoso encouraçado ‘Potemkin’ aconteceu logo depois — sobre a qual, 20 anos depois, Serguêi Eisenstein faria seu filme cult.

O pano de fundo dramático da revolução era a Guerra Russo-Japonesa, na qual a Rússia estava perdendo.

A foto abaixo mostra um hospital de campanha para feridos do Exército do Extremo Oriente.

Em agosto de 1905, a Rússia e o Japão assinaram nos Estados Unidos o Tratado de paz de Portsmouth. A foto abaixo mostra os participantes das negociações. Serguêi Witte é retratado no centro na primeira fileira, enquanto Roman Rosen, o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, está de pé à esquerda de Witte. O quarto a partir da direita, nesta mesma fileira, é o ministro das Relações Exteriores japonês, Komura Jutaro.

O escritor Lev Tolstói se mostrava muito preocupado com a guerra e a revolução, apesar de ser anarquista e professar o princípio da não resistência ao mal pela violência.

Ao mesmo tempo, a caridade se disseminou durante a guerra. A foto abaixo mostra mulheres em um ponto de doação para os feridos.

A vida seguia relativamente comum no resto do país durante este ano difícil. A foto abaixo retrata um serviço de oração em massa de moradores de Oremburgo pela paz.

Uma cena da vida nas ruas de São Petersburgo: autoridades lendo jornais com as últimas notícias.

Trabalhadores posando em uma loja gastronômica em São Petersburgo.

Abaixo, o grande compositor Sergei Rachmaninoff retratado em seu apartamento em Moscou. Após a Revolução Bolchevique de 1917, ele emigrou e passou o resto de sua vida nos Estados Unidos.

O famoso escritor Maksim Górki e sua amada não menos famosa, a atriz Maria Andreeva, posando juntos para o pintor Iliá Repin em sua propriedade em Penati.

Na virada do século, a psiquiatria e até mesmo o tratamento com hipnose começaram a se espalhar na Rússia.

Rostos de uma época: jovem aluna do ginásio feminino posando com um livro.

E o pioneiro da fotografia colorida Serguêi Prokúdin-Górski captura dois “órfãos” na foto abaixo.

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