Sino do Tsar celebra 290º aniversário
Em 1733, uma grande cova foi escavada na Praça Ivánovskaia do Kremlin de Moscou onde foram construídos quatro fornos de fundição. Cerca de 200 pessoas foram mobilizadas para o trabalho — por ordem da imperatriz Ana (também conhecida como Anna Ioannovna em português), ali deveria ser fundido o maior sino do mundo.
Porém, as coisas acabaram saindo de controle. Um ano depois, dois fornos falharam, o metal começou a vazar para o solo e houve um incêndio que destruiu todas as estruturas de madeira.
Ainda assim, o sino foi, enfim, fundido há exatos 290 anos, em 25 de novembro de 1735. O maior sino do mundo passou a ser conhecido como Sino do Tsar (também conhecido como Sino Real ou Tsar Kôlokol em português). O gigante pesa 202 toneladas, tem 6,24 metros de altura e 6,6 metros de diâmetro.
Ele foi polido na cova e recebeu decorações, imagens de Cristo, da Virgem, dos santos, do tsar Aleixo e da própria imperatriz Ana.
Levantamento do Sino do Tsar no Kremlin de Moscou em 1836
No entanto, em 1737, ocorreu um novo incêndio devastador. Estruturas em chamas caíram sobre o sino, e os trabalhadores despejaram água fria para conter as chamas. O choque térmico provocou rachaduras. Segundo uma das versões, foi então que um grande fragmento se desprendeu.
Por mais de um século, o sino permaneceu na cova, afinal, os engenheiros simplesmente não sabiam como retirá-lo de lá. Mas, em 1836, o arquiteto francês Auguste de Montferrand, que construiu a Catedral de Santo Isaac, em São Petersburgo, arquitetou um plano para erguer o Sino Real da cova. O objeto foi, assim, retirado e colocado sobre um pedestal. No topo, foi instalado um orbe de cobre, ou seja, o símbolo do poder imperial, com uma cruz dourada e, desde então, este virou um dos monumentos mais emblemáticos do Kremlin de Moscou.
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