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Por que havia tão poucos edifícios de pedra na Rússia antiga?
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Havia poucas pedreiras na Rússia
A Rússia continental não é um país montanhoso. Havia poucas pedreiras nos tempos antigos, e transportar blocos de pedra delas para as cidades e vilas era difícil e caro. É por isso que até os príncipes russos faziam fortalezas e palácios de madeira, que era e ainda é muito abundante na Rússia.
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A oferta de madeira na Rússia é quase infinita
Mesmo depois de centenas de anos construindo milhões de izbás, fortalezas e igrejas, a madeira ainda é abundante na Rússia. Todo homem russo dos tempos antigos sabia como construir uma izbá e mais – essas casas podiam ser desmontadas, transportadas para outro local e remontadas novamente.
No entanto, havia pouca necessidade de fazê-lo, já que em toda aldeia e cidade era possível adquirir uma nova izbá – ou mesmo ir para a floresta, cortar algumas árvores e construir uma nova.
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A invasão mongol-tártara prejudicou a tradição de construção russa
A invasão mongol-tártara, que se deu nos séculos 13 a 14, foi um grande golpe para todas as indústrias russas que haviam começado a se formar na época. Quase um terço da população local foi exterminada, incluindo a maioria dos construtores e arquitetos, e as cidades mais desenvolvidas — como Kiev, Riazan e Vladímir — acabaram sofrendo os maiores danos.
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Após a invasão, demorou cerca de 200 anos até que a construção em pedra fosse retomada na Rússia, no final do século 15. Ao chegar a Moscou na década de 1480, o engenheiro italiano Aristotele Fioravanti descobriu que os russos não sabiam fazer tijolos, por isso teve de ensiná-los do zero.
Quando Pedro, o Grande, fundou São Petersburgo em 1703, ele proibiu temporariamente todas as construções de pedra na Rússia, exceto na nova capital. A proibição não foi rigorosamente respeitada, mas surtiu efeito: a maioria dos pedreiros russos foi para São Petersburgo em busca de emprego. O problema dos materiais não era tão grave na cidade, por estar situada perto de diversas pedreiras da região. Além disso, o sistema de servidão, já em pleno funcionamento na época, permitia o transporte mais rápido da pedra com a mão-de-obra dos servos.
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