Arqueólogos descobrem urna funerária do século 10 de grande valor histórico no oeste da Rússia

Durante as escavações no sítio arqueológico de Gnezdovo, perto de Smolensk, um vaso alto e ornamentado do século 10 foi encontrado em um kurgan (túmulo). Ao analisar o objeto desenterrado descobriu-se ser uma urna funerária.

O exame das cinzas e dos ossos cremados no interior do vaso permitiram aos cientistas da Academia Russa de Ciências estabelecer que os restos mortais eram de um homem com mais de 40 anos. Além disso, como o fogo não destruiu completamente seus restos mortais, seu DNA é rastreável e será estudado, segundo a revista Vokrug Sveta.

O que torna esta nova descoberta única é o bom estado de preservação do objeto. Sua localização também era incomum: estava dentro de um poço redondo na altura de um kurgan, e debaixo dele havia um pente. Uma flecha também foi encontrada no fundo do recipiente. Como os cientistas desconhecem ritos funerários similares neste local, eles esperam agora encontrar respostas para muitas das perguntas levantadas pelo achado.

Os especialistas associaram o vaso aos Romni, uma cultura arqueológica do início da Idade Média em regiões da atual Ucrânia e Rússia. A imprensa local ressaltou que as últimas descobertas desse tipo foram feitas há várias décadas.

O complexo arqueológico de Gnezdovo inclui as ruínas da antiga Smolensk e outras fortalezas, bem como uma grande necrópole dos séculos 8 a 11 – que no início do século passado tinha cerca de 5.000 kurgans. Por motivos ainda desconhecidos, após o ano de 950, esta necrópole foi destruída e oficinas acabaram sendo erguidas no local.

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