Os 10 principais filmes soviéticos da década de 1970 — Parte 2

Os 10 principais filmes soviéticos da década de 1970 — Parte 2
Aleksandr Mitta/Mosfilm, 1979
Comédias icônicas de Leonid Gaidai e Eldar Riazanov, dramas de guerra comoventes, bem como obras-primas da ficção científica de Andrei Tarkovsky, tão amado pelo público.

Auroras Nascem Tranquilas (1972)

Os 10 principais filmes soviéticos da década de 1970 — Parte 2
Stanislav RostotskI/Estúdio Gorky, 1972

O experiente sargento Fedot recebe cinco artilheiras antiaéreas, jovens voluntárias recém-saídas da escola. Cada uma delas tem uma história muito diferente, mas todas unidas pela Segunda Guerra Mundial. Sob a liderança do comandante, elas, arriscando suas vidas, rastreiam os nazistas nas florestas e nos pântanos. No entanto, nem todos sobrevivem até o fim…

Este filme, dirigido por Stanislav Rostotski, tornou-se um clássico instantâneo do drama de guerra. É baseado no romance homônimo de Boris Vassiliev. A revista ‘Tela Soviética’ classificou ‘Auroras Nascem Tranquilas’
como o melhor filme de 1972. Além disso, recebeu vários prêmios estatais na URSS, um prêmio do Festival de Cinema de Veneza e foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro — perdendo para ‘O Charme Discreto da Burguesia’, do espanhol Luis Buñuel.

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Romance Burocrático (1977)

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Eldar Riazanov/Mosfilm, 1977

Uma mulher rigorosa dirige o departamento de estatísticas em Moscou. Embora ela tenha apenas 36 anos, todos os seus subordinados a chamam de “velha bruxa” pelas costas. Anatóli Novoseltsev, um modesto pai solteiro de dois filhos, está entre seus funcionários regulares; ele espera uma promoção, mas é tímido demais para conversar sobre isso com a chefe. De repente, seu velho amigo, que acaba de voltar do exterior, é apontado como assistente dela. O amigo aconselha Novoseltsev a não desanimar e “flertar um pouco” com a chefe. Esse flerte desajeitado, porém, dá certo no final…

À primeira vista, parece que se trata de uma simples comédia sobre a vida em um escritório soviético. Mas este filme de Eldar Riazanov também se tornou um sucesso de bilheteria — até mesmo por causa de seu elenco repleto de astros e estrelas. Um deles foi Andrei Myagkov, que muitos já conhecem do clássico ‘Ironia do Destino’, no qual também interpretou um homem tímido. Já a chefe, foi interpretada por Alisa Freindlich. As participações episódicas no filme foram especialmente apreciadas pelo público: a secretária fashionista (Lia Akhedzhakova) e a fofoqueira Chura do departamento de contabilidade (Liudmila Ivanova).

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Moscou não acredita em lágrimas (1979)

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Vladímir Menchov/Mosfilm, 1979

Final da década de 1950. As jovens Katya, Antonina e Lyudmila chegam do interior a Moscou, em 1958. As três sonham encontrar um bom trabalho e um amor para toda a vida. Ao longo de duas décadas, desde a juventude até a maturidade, acompanhamos suas vitórias e seus fracassos, seus amores, desejos e desilusões. As três passarão por situações que testarão suas forças, mantendo, no entanto, sua amizade inabalada. 

Sucesso internacional, o filme de Vladimir Menchov ganhou o Oscar de ‘Melhor Filme Estrangeiro’. Segundo rumores, foi a este longa que o presidente dos EUA, Ronald Reagan, assistiu antes de conhecer Mikhail Gorbatchov, para compreender melhor a “misteriosa alma russa”. Obteve também grande sucesso entre o público soviético, com cerca de 90 milhões de espectadores no ano de estreia. Este filme ainda continua popular, e sua trilha sonora, ‘Aleksandra’, tornou-se um hino não oficial de Moscou.

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Stalker (1979)

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Andrei Tarkóvski/Mosfilm, 1979

Em um mundo fictício em um tempo indefinido, o protagonista, Stalker, fatura como guia de passeios ilegais por uma área de perigo oculto, lacrada pelo governo e intitulada A Zona. Stalker conduz dois homens, identificados como Escritor e Professor, por esse deserto pós-apocalíptico em busca de uma sala que concede aos visitantes seus desejos mais íntimos. Os caminhos por essa área desoladora – que é tanto um estado de espírito como um espaço – só podem ser sentidos, e não vistos, nesta confusão metafísica.

Baseada livremente no romance “Piquenique na Estrada”, dos irmãos Strugátski, a obra de Andrei Tarkovsky (também grafado Tarkóvski) foi também seu último título rodado na Rússia antes de emigrar para a Itália. Este é um dos filmes mais populares do lendário diretor russo, também recebido com destaque pelos jurados do Festival de Cannes.

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Tripulação (1979)

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Aleksandr Mitta/Mosfilm, 1979

A vida pessoal de membros de uma tripulação aérea é mostrada no início do filme: cada um deles com seus próprios problemas e lutas familiares. Mas todos estão unidos por uma coisa – trabalham juntos no mesmo voo internacional. Logo após a decolagem, descobre-se que o avião apresenta uma rachadura e sofre despressurização. Os funcionários tentam salvar seus passageiros arriscando a própria vida. Mas esta ação impacta suas personalidades; após o retorno, cada um deles consegue se tornar um pouco diferente como pessoa e resolver seus conflitos.

Este filme de Aleksandr Mitta foi um dos primeiros de catástrofe soviéticos (mesmo com cenas eróticas!), e não perdeu relevância e valor como entretenimento até hoje. O longa se tornou um sucesso de bilheteria em 1980, sendo assistido por 71 milhões de espectadores. Acredita-se que a produção foi inspirada pelo sucesso do livro ‘Aeroporto’, de Arthur Hailey, bem como em sua adaptação para o cinema em Hollywood.

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