
Quando cientistas russos tentaram iluminar a Terra a partir do espaço

Durante seis minutos, um enorme ponto de luz (atingindo cinco quilômetros de diâmetro) sobrevoou Lyon, Berna, Munique, Praga, Lodz, Brest e Gomel. Embora o tempo estivesse nublado, os flashes de luz foram perceptíveis. E os meteorologistas, após estudarem seu brilho, concluíram que eram comparáveis ao da Lua cheia.
O ‘Znamia’ (‘Bandeira’) surgiu em resposta a um concurso dedicado ao 500º aniversário da chegada de Cristovão Colombo à América. Os participantes tinham que criar uma nave que viajasse à Lua e depois a Marte em uma vela solar. A regata espacial jamais aconteceu, mas a União Soviética começou a desenvolver o seu projeto.
Os cientistas projetaram uma vela a partir de uma película cinematográfica com revestimento refletivo que era mantida aberta por forças centrífugas. Ela foi então enrolada e lançada em órbita, juntamente com um dispositivo que a colocava em movimento. Finalmente, a vela de luz foi se abrindo aos poucos e refletiu a luz do Sol — os cientistas comemoraram.
Em 1999, ocorreu uma nova etapa do experimento, intitulada ‘Znamia-2.5’. Visto da Terra, o reflexo da vela de 25 metros deveria ser tão brilhante quanto 5 a 10 luas cheias. No entanto, um erro de programação fez com que o painel da vela ficasse preso na antena. O experimento malsucedido pôs fim à curta história do ‘Znamia’. A terceira fase, durante a qual se planejava lançar uma vela com 70 metros de diâmetro, jamais foi realizada.
A Janela para a Rússia está também no Telegram! Para conferir todas as novidades, siga-nos em https://t.me/russiabeyond_br