
Você sabia que o Exército Vermelho tinha “Fortalezas Voadoras” dos EUA?

O bombardeiro pesado B-17, dos Estados Unidos, foi considerado um dos melhores aviões de combate da Segunda Guerra Mundial. Confiável, com boa proteção e grande capacidade de sobrevivência, ficou amplamente conhecido como “Fortaleza Voadora”.
A Força Aérea do Exército Vermelho, por sua vez, precisava urgentemente de bombardeiros pesados, pois estava com escassez dos seus Pe-8. Moscou apelou repetidas vezes a Washington para adicionar o B-17 nas entregas do programa Lend-Lease, mas a solicitação foi recebida sempre com recusa.
Às vésperas da Guerra Fria, os EUA não tinham pressa em fornecer ao potencial inimigo seus melhores bombardeiros (assim como seu melhor caça, o P-51 Mustang). Os soviéticos tiveram que obtê-los à sua maneira.
Muitas dessas aeronaves tiveram que fazer pousos forçados na Europa Oriental — danificadas e seus equipamentos secretos, incluindo informações confidenciais sobre miras de bombardeio, seriam destruídos pelas tripulações em fuga. Mesmo assim, especialistas soviéticos conseguiram iniciar uma restauração ordenada das aeronaves recuperadas.
Os norte-americanos sabiam que os russos estavam montando seus bombardeiros secretamente, mas fingiam normalidade. Ao mesmo tempo, a URSS devolveu oficialmente algumas das aeronaves descobertas aos EUA.
Os primeiros B-17 entraram o serviço pela 45ª Divisão de Aviação de Longo Alcance em abril de 1945 e não tiveram tempo de participar de operações de combate. Em meados de outubro, a coleta de “fortalezas” foi encerrada – um total de 16 bombardeiros estavam em serviço.
“Os aviões tinham excelente controle”, lembrou o piloto Serguêi Sugak. “Eles eram mais fáceis de pilotar do que nossos Pe-8, que tive a oportunidade de usar bastante”.
Os B-17 serviram na União Soviética até o final da década de 1940, quando foram, enfim, desativados e sucateados.
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