Como um diretor soviético rodou um filme sobre o México

Sputnik
Sputnik
Em 1930, o cineasta Serguêi Eisenstein, autor de “O Encouraçado Potemkin”, foi escalado para fazer um filme para a Paramount Pictures em Hollywood, mas o projeto nunca passou de alguns roteiros.

Eisenstein deveria, então, retornar à União Soviética, mas os planos mudaram repentinamente. O cineasta foi convidado para fazer um filme sobre o México, e o financiamento foi rapidamente garantido graças ao roteirista Upton Sinclair. Os artistas mexicanos David Alfaro Siqueiros e Diego Rivera, e Theodore Dreiser, autor de “O Financiador” e “Uma Tragédia Americana”, juntaram-se ao projeto. Finalmente, o trabalho começou.

As filmagens de “Que Viva México!” foram feitas por todo o país: de acordo com a ideia do diretor, o filme contaria a história da nação desde os tempos antigos até a década de 1930. Mas a política interveio abruptamente: as autoridades soviéticas consideraram uma ausência tão prolongada da URSS como “traição e deserção”. Eisenstein retornou urgentemente a Moscou, e o material filmado foi enviado para os Estados Unidos. O diretor nunca mais o viu: as fitas chegaram à União Soviética somente na década de 1970, após a sua morte.

Em 1979, Grigóri Aleksandrov (então um diretor consagrado, autor dos famosos “A Primavera” e “O Circo”) editou o filme sobre o México utilizando as anotações e desenhos de Eisenstein e seguindo seu plano original,

 

A Janela para a Rússia está também no Telegram! Para conferir todas as novidades, siga-nos em https://t.me/russiabeyond_br

<