A origem da ‘Toalha de Mesa Mágica’

Com o desenvolvimento da agricultura e da horticultura, surgiu o mito de um outro mundo como um lugar de abundância, onde os alimentos crescem sem esforço humano. Esse sonho se materializou no motivo da “terra dos rios de leite e das margens de geleia”, uma imagem antiga que marcou a transição do poder mágico sobre os animais para o sonho de uma abundância eterna e pronta.

No entanto, o poder mágico no folclore nunca é simplesmente dado: apenas um objeto obtido por um meio especial e sagrado pode ser considerado mágico. Nos contos de fadas, a ‘skatert-samobranka’ (ou ‘toalha de mesa mágica’) sempre vem “de lá”, de outro mundo, que, no imaginário popular, foi associado primeiro à floresta e, mais tarde, ao “reino muito, muito distante”. É essa conexão com o outro mundo que lhe confere a capacidade de fornecer alimento eterno.

Acreditava-se que os alimentos trazidos do reino dos mortos, a fonte dessa abundância, se tornavam inesgotáveis ​​no mundo dos vivos — o que formou, entre outras coisas, a base para a imagem de uma ‘toalha de mesa mágica’.

Curiosamente, o próprio nome ‘skatert-samobranka’ (literalmente, ‘toalha de mesa que se monta sozinha’) possui uma dupla interpretação, refletindo raízes tanto mitológicas quanto cotidianas. Por um lado, deriva das palavras ‘sama’ e ‘tak’, ou seja, uma toalha de mesa que se cobre sozinha com comida. Por outro lado, historicamente, uma ‘toalha de mesa trançada’ significava uma toalha de mesa cara, elegante e tecida à mão com um padrão especial. Tais toalhas de mesa adornavam banquetes festivos na vida real. Assim, este objeto mágico também é apresentado como uma toalha de mesa belíssima e cara, com o poder de alimentar várias pessoas com pratos requintados.

Siga-nos no Telegram para receber os nossos últimos artigos e vídeos em tempo real