Russa recria tradicionais cocares kokôchnik com toque contemporâneo

Serafima Zlobina/@zlosi
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Serafima Zlobina, de São Petersburgo, vem desenvolvendo cocares no estilo tradicional russo – também conhecidos como kokôchniks – que são verdadeiras obras de arte. E o designer realmente espera que eles voltem à moda em breve.

Desde que Serafima se lembra por gente, suas atividades favoritas eram desenhar, ou costurar apliques e bordados. Em 2023, a artista de 22 anos se formará na Academia Estatal de Arte e Desenho Stieglitz de São Petersburgo.

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Os primeiros kokôchniks que fez foram quase por acidente. Serafima estava se preparando para uma sessão de fotos (outro de seus hobbies) e, para o tema surreal imaginado, ela precisava de uma roupa chamativa e volumosa – e então decidiu fazer um kokôchnik. Em uma questão de poucas horas, pintou um cocar com guache e o decorou com miçangas. As fotos foram um sucesso, e seus seguidores nas redes sociais elogiaram o experimento.

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No início, kokôchniks e sessões de fotos eram sua iniciativa criativa pessoal. Mas diferentes marcas tomaram conhecimento do trabalho de Serafima e ela acabou se tornando estilista de campanhas publicitárias.

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Os kokôchniks de Serafima se tornaram, por exemplo, a “marca” da banda folk Uzoritsa.

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Atualmente ela cria coleções inteiras de kokôchniks e aluga peças individualmente, o que vem se mostrando bastante popular. “O mais procurado é um kokôchnik grande com agárico, geralmente alugado para apresentações.”

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Entre seus grandes sucessos está também o kokôchnik Cisnes de Inverno, criado para o baile da joalheria de Peter Aksenov, Axenoff Jewellery. 

Recentemente, pôde ser vista no espetáculo no gelo de Evguêni Pluchenko.

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Este kokôchnik exigiu 40 horas de trabalho manual.

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Em média, um kokôchnik requer cerca de dois dias de trabalho, mas há alguns exemplares que levam cinco ou mais dias, principalmente quando são necessários muitos bordados.

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O papelão decorativamente recortado serve de base para os cocares. Suas formas são sempre diferentes – Serafima as escolhe para a composição de cada kokôchnik. 

Na decoração ela usa tecidos antigos, fitas de seda, veludo, renda, miçangas, strass e até massa de modelar e papel alumínio. 

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Seus kokôchniks apresentam referências à Catedral de São Basílio, borboletas e pássaros de contos de fadas, cogumelos e ornamentos florais, entre outros elementos. Embora tenham aparência contemporânea, as peças homenageiam motivos folclóricos tradicionais.

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“Os elementos de contos de fadas definem o estilo dos meus trabalhos. A forma do cocar é uma homenagem aos tempos antigos”, explica. 

Com isso, Serafima repagina os motivos de contos de fadas de forma moderna, despojando-os de quaisquer cânones. “Eu chamaria meus trabalhos de performances, já que geralmente afetam o observador da mesma forma que um show”, acrescenta.

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Todos os kokôchniks de Serafima são enormes e coloridos – tornando-se, assim, o centro das atenções durante as sessões de fotos. Os trajes e acessórios, além do cenário e dos entornos, costumam ser selecionados justamente para combinar com essas peças luxuosas.

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A russa sequer pensa em parar de criar kokôchniks, mas quer também trabalhar com outros acessórios – como por exemplo, fazer lenços com a técnica de batik, uma pintura em tecido. Também tem planos de desenvolver uma coleção de roupas no estilo conto de fadas.

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“Os kokôchniks já entraram na moda do dia a dia, por exemplo, como tiaras com um arco pontiagudo. No momento, são chamados de minikokôchniks. Eu crio esses pequenos cocares de couro ecológico ou veludo. E costumo ver garotas usando em lugares públicos. Meu desejo para o futuro – a popularização dos kokôchniks contemporâneos em tamanhos gigantescos”, conclui Serafima.

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