Como os suecos tentaram varrer São Petersburgo da face da Terra

Richard Ludwig “O encouraçado Wachtmeister em batalha contra a esquadra russa em 1719”, de Ludvig Richarde, 1902
Richard Ludwig
O mais perto que chegaram disso foi em 1705.

Para o tsar Pedro, o Grande, a Guerra do Norte contra a Suécia começou com uma derrota desastrosa em Narva em 1700. O rei Carlos 12º pensou então que os russos estavam acabados e decidiu enfrentar o rei polonês Augusto, o Forte.
Esta decisão foi um grande erro.

Em poucos anos, Pedro, o Grande, conquistou a Íngria sueca e fundou São Petersburgo nessa área em 1703. Ao fazer isso, ele mostrou ao inimigo que a Rússia não se afastaria das margens do Báltico.

Os suecos rapidamente perceberam a ameaça que São Petersburgo representava para seu domínio nas margens do Golfo da Finlândia. Em 1704, suas tropas atacaram a cidade por terra e mar, mas o comandante-chefe Robert (Roman) Bruce, que estava na liderança da defesa, repeliu o ataque.

Em 1705, o inimigo lançou um ataque ainda mais sério. As tropas do general Georg Maydel ocuparam a Ilha Kamenny, perto da Fortaleza de São Pedro e São Paulo – o centro histórico da cidade. No entanto, não conseguiram avançar mais.

Três anos depois, São Petersburgo foi novamente atacada — sem sucesso — pelo exército de 12 mil homens do general Georg Liebeker. Em 9 de setembro, as tropas russas de Fiódor Apraksin derrotaram o inimigo nos arredores da cidade em uma batalha perto do rio Nevá.

Logo após a derrota de Carlos 12º perto de Poltava, em 8 de julho de 1709, a Rússia começou a conquistar a região do Báltico e a Finlândia. Os suecos já não tinham mais interesse em capturar São Petersburgo, para onde Pedro, o Grande, havia transferido a capital do Estado em 1712.

No entanto, a cidade ainda figurou nos planos militares suecos durante as guerras de 1741-1743 e 1788-1790. No fim, o inimigo não conseguiu nem se aproximar – fortalecida, a capital do Império Russo não estava mais ao seu alcance.

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