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‘Voamos no mesmo céu’: o memorial que une pilotos soviéticos e norte-americanos no Alasca

Populus diversifolia (CC BY-SA 4.0)
No coração de Fairbanks, Alasca, há um monumento pouco conhecido, porém, profundamente simbólico.

No Parque Griffin, às margens do rio Chena, uma imponente escultura de bronze com 5 a 6 metros de altura celebra a cooperação aérea entre os Estados Unidos e a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial.

Projetado por R.T. Wallen, o memorial retrata duas figuras lado a lado: um piloto norte-americano e outro soviético. Ao lado deles, a hélice de um P-39 Airacobra (um dos modelos mais usados nessas missões) e um mapa traçando a rota aérea do programa Lend-Lease: de Great Falls, Montana, passando pelo Alasca, até as frentes de batalha soviéticas.

Rota perigosa

Segundo informações publicadas no site da Embaixada da Rússia nos EUA, entre 1942 e 1945, centenas de pilotos percorreram este corredor conhecido como Via Aérea Alasca-Siberiana (ALSIB), transportando aeronaves e suprimentos essenciais para a luta contra a Alemanha nazista. O frio extremo, as tempestades árticas e a navegação complexa tornavam cada voo uma verdadeira façanha.

Cartaz de propaganda britânico sobre o material enviado à Rússia pelo programa Lend-Lease
Domínio público

O monumento traz uma inscrição que resume esse espírito:

“Voamos no Mesmo Céu – A Rota Aérea Alasca-Sibéria, 1942-1945”

Ao lado dela há também uma citação do presidente Franklin D. Roosevelt em seu discurso ao Congresso após a Conferência de Ialta, em março de 1945:

“A estrutura da paz mundial não pode ser obra de um só homem, um só partido ou uma só nação... ela deve se basear no esforço cooperativo do mundo inteiro.”

Domínio público

 

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