Primeira caminhada espacial da história completa 60 anos nesta terça-feira (18)

Em 18 de março de 1965, Leonov passou 12 minutos e 9 segundos fora da nave orbital Voskhod-20. O experimento quase causou sua morte, uma vez que, quando chegou ao espaço vazio, seu escafandro Berkut se inflou e ele não conseguia retornar à nave. Leonov foi obrigado a reduzir a pressão ao mínimo e enfim foi capaz de entrar na nave de cabeça, e não pelos pés.

Leonov lembraria, mais tarde, que o que mais o surpreendeu no espaço foi o silêncio: “Ouvi claramente como meu coração batia. Escutei como respirava, e isso não me deixava pensar”.

A respiração de Leonov foi gravada, e o som transmitido de volta para a Terra acabou sendo usado no filme de ficção científica de Stanley Kubrick, “2001: Uma Odisseia no Espaço”.

Leonov, que se tornou o primeiro pintor a criar uma obra em condições de gravidade zero, conheceu pessoalmente Pablo Picasso. Uma exposição com suas pinturas, dedicadas ao espaço, foi inaugurada em 2015 na sede da Biblioteca Nacional em São Petersburgo.

Leonov e o artista Andrei Sokolov criaram alguns selos com temas espaciais na União Soviética. A primeira coleção saiu em março de 1967, para comemorar o Dia da Cosmonáutica, que é celebrado em 12 de abril em homenagem ao primeiro voo cósmico.

O cosmonauta morreu em 11 de outubro de 2019 no Hospital Burdenko, em Moscou, após uma longa doença.

Monumento em Kemerovo dedicado ao cosmonauta Aleksêi Leonov.

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