Sal negro de Kostromá, entre o poder de proteção e as virtudes estéticas

Kostromá, cidade do Anel de Ouro da Rússia, é o local de origem do sal negro conhecido como ‘sal de quinta-feira’. Tal nome está relacionado ao fato de que, antigamente, este sal era produzido apenas uma vez por ano, na Quinta-Feira Santa.

A sua receita, porém, não é tão simples como pode parecer: misturava-se sal-gema (cloreto de sódio, acompanhado de cloreto de potássio e de cloreto de magnésio) com farinha de centeio ou polpa de kvass; em seguida, eram adicionadas ervas aromáticas e folhas de couve.

Envolta em pano ou casca de árvore, a mistura era levada ao forno até que o sal ficasse da cor de carvão.

O sal preparado era então pulverizado com água benta e, por isso, acreditava-se que o resultado final protegia contra maldições e mau-olhado.

Sal negro de Kostromá, entre o poder de proteção e as virtudes estéticas
@cult_svechi

Hoje, porém, este sal é utilizado para outras finalidades: na cozinha ou, mais raramente, como sal de banho. É também um ingrediente em máscaras faciais e capilares. Acredita-se que ajuda a regular a digestão e o sistema nervoso, limpa a pele e promove o crescimento capilar.

LEIA TAMBÉM: Uma breve história da manteiga na Rússia e como prepará-la em casa

A Janela para a Rússia está também no Telegram! Para conferir todas as novidades, siga-nos em https://t.me/russiabeyond_br

<