Conheça Marina Starovoitova, a primeira mulher capitã de um quebra-gelo movido a energia nuclear

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Ex-professora rural assumiu o comando do quebra-gelo nuclear ‘Yamal’, que navega regularmente para o Polo Norte.

“Você sabe onde fica Unetcha? Acho que poucos poderiam se gabar de verdadeiramente conhecer a geografia do país. Eu nasci lá, em uma pequena cidade na região de Briansk. Só via o mar em reproduções de pinturas de Aivazôvski ou nos livros de Hemingway e Stevenson”, escreveu Starovoitova em uma coluna de revista no ano passado, quando ainda era a primeira oficial a bordo do navio ‘Yamal’ ((ou ‘Iamal’, em português).

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Durante os estudos, Marina também não pensava no mar; na época, ela queria servir nas tropas aerotransportadas. A sua ideia era se matricular na escola de paraquedistas, porém, na década de 1990, segundo suas lembranças, isso se mostrou impossível. Em vez disso, ingressou em uma universidade pedagógica, trabalhando mais tarde como professora de língua e literatura russa em escolas rurais em sua região natal, Briansk.

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Certo dia, ela ouviu por acaso que estavam recrutando mulheres para a Companhia de Navegação de Murmansk e decidiu mudar repentinamente de vida.

“Foi assim que me tornei oficial de serviço no navio porta-contêineres nuclear ‘Sevmorput’. As minhas funções incluíam limpar os quartos, lavar a louça e servir comida no refeitório da tripulação. Esse era um trabalho importante. A tripulação passa meses no mar e precisa sentir que está sendo cuidada, com calor de casa e conforto”, lembra Starovoitova.

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A primeira viagem ao Ártico aconteceu em 2005 e durou 11 meses. Foi difícil, mas ela sobreviveu. “O Ártico é uma imensidão de gelo, com auroras boreais, icebergs brilhando ao sol e ursos polares. É impossível tirar os olhos deles.”

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Mais tarde, Marina ingressou no departamento de navegação daAcademia da Marinha do Estado em homenagem ao almirante Makarov (AMSMA) e, ao mesmo tempo, trabalhou como marinheira regular (“Sem experiência, não se chega a lugar nenhum”).

Após receber o diploma de oficial de quarto de navegação, trabalhou como terceira e segunda oficial a bordo de navios de transporte. Em 2017, tornou-se primeira oficial.

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Dois anos depois, Starovoitova conseguiu um emprego na Atomflot (subsidiária da Rosatom), onde começou como primeira oficial a bordo do quebra-gelo nuclear ‘Yamal’ — no qual agora serve como capitã.

A nomeação ocorreu com pompa, em um concerto dedicado ao 80º aniversário da indústria nuclear em Níjni Nôvgorod. Antes de Starovoitova, apenas Diana Kiji, de São Petersburgo, havia alcançado status semelhante, tornando-se a primeira mulher navegadora do mundo em um quebra-gelo nuclear em 2018, a bordo da embarcação “50 Anos da Vitória”.

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Marina dedica todo o seu tempo em solo à criação do filho de 12 anos.

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