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5 fatos sobre Alexandre 1º, o imperador que derrotou Napoleão
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1. O primeiro tsar chamado Alexandre na dinastia Romanov
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Primeiro filho do grão-príncipe Pável Petrovitch e Maria Feodorovna, Alexandre recebeu seu nome por escolha da avó, a imperatriz da Rússia Catarina 2ª, a Grande. Ele recebeu o nome em homenagem ao grande comandante Alexandre da Macedônia e foi batizado em homenagem ao príncipe russo Aleksandr Névski. O nome Alexandre (Aleksandr, em russo) não era típico da família Romanov; antes dele, apenas um príncipe teve esse nome, o tsarêvitch Aleksandr Petrôvitch (1691-1692), filho de Pedro, o Grande, que viveu por apenas sete meses.
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Sua avó tirou o pequeno Alexandre da mãe imediatamente após o parto, e ele passou a sua infância na residência de Catarina, a Grande, em Tsárskoie Selô. De sangue, Alexandre era quase um alemão puro e foi criado pelo general suíço Frédéric-César Laharpe. E recebeu uma excelente educação: falava francês, alemão e inglês fluentemente, conhecia história, geografia e matemática. Catarina, segundo a opinião geral dos historiadores russos, planejava transferir o trono para o seu amado neto, pulando seu filho Paulo 1º, que ela considerava inadequado para governar a Rússia.
2. Sabia da conspiração contra o pai
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O iniciador da conspiração contra o imperador Paulo 1º, pai de Alexandre, foi o conde Peter Palen, governador militar de São Petersburgo e aliado mais próximo do imperador. Nos últimos meses de vida, Paulo esteve em conflito com toda a sua família, e Palen aproveitou-se da situação.
O conde Palen mostrou ao príncipe Alexandre um documento secreto assinado por Paulo, no qual o imperador concordava com a prisão dos filhos Alexandre e Konstantin e de sua mulher, a imperatriz Maria Feodorovna.
A maioria dos historiadores acredita que Alexandre não se opôs à conspiração; Palen convenceu o príncipe de que seu pai não seria morto, mas apenas removido do trono. O príncipe até pediu para adiar a data de executar a conspiração para 11 de março de 1801 — neste dia, o Regimento Semiónovski, diretamente subordinado a Alexandre, estava em serviço no Palácio.
Quando a conspiração terminou com o assassinato do imperador Paulo, Alexandre ficou chocado. Jacques de Saint-Glin, escritor e conselheiro militar, descreveu o primeiro dia do reinado de Alexandre, de 23 anos, assim: “O novo imperador caminhava lentamente, seus joelhos pareciam dobrar, os cabelos estavam soltos, seus olhos, marejados; ele olhava para frente, raramente baixava a cabeça, como se estivesse se curvando; todo o seu andar e postura retratavam um homem abatido pela tristeza e dilacerado por um golpe inesperado do destino. Ele parecia expressar em seu rosto: ‘Todos se aproveitaram da minha juventude, da minha inexperiência; Fui enganado, não sabia que, ao arrancar o cetro das mãos do autocrata, estava inevitavelmente colocando a vida dele em perigo”.
3. Tratava seus súditos de maneira completamente diferente da de seu pai
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O reinado de Alexandre começou de forma promissora: o jovem imperador aboliu as rígidas regulamentações militares que seu pai havia introduzido em São Petersburgo, libertou muitos prisioneiros políticos das prisões e exílios, e assumiu um comportamento completamente diferente em público.
Segundo o historiador Vladímir Tômsinov, Alexandre “frequentemente andava pelas ruas a pé e sem guardas, respondendo cordialmente a cada reverência e a cada saudação dirigida a ele. Qualquer transeunte podia parar e conversar facilmente com ele. Simples, sem luxo, sempre sorridente, respeitoso ao tratar qualquer pessoa, jovem e charmoso, ele mudou completamente a ideia de um governante coroado na sociedade russa”.
Obrigado a viver até os 23 anos entre as cortes beligerantes de seu pai, Paulo, e de sua avó, Catarina, Alexandre se tornou proficiente em hipocrisia e intrigas na realeza. Seu principal inimigo, Napoleão, chamava Alexandre de “verdadeiro bizantino” e “Talma do norte” (François-Joseph Talma foi um grande ator francês), insinuando a natureza astuta e secreta do imperador.
Ele tinha a mesma reputação na Rússia: “a esfinge que permaneceu um enigma até o túmulo”, escreveu o poeta Piotr Viázemski sobre o imperador. Por ter uma visão ruim desde que nasceu, Alexandre proibia que seus cortesãos usassem óculos. Na juventude, durante manobras militares, ele ficou surdo do ouvido esquerdo e, devido à sua audição reduzida, sempre suspeitava que seus ajudantes zombavam dele. E herdou uma caraterística do seu pai — Alexandre era um homem extraordinariamente orgulhoso.
4. Contava muito com conselheiros
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Desde o início de seu reinado, Alexandre sempre contou com a ajuda de amigos, parceiros e conselheiros. Até criou um Comitê Privado, que incluía os seus confidentes desde a juventude: conde Pável Stróganov, o príncipe Víktor Kotchubéi, o príncipe Adam Tchartoriski e o conde Nikolai Novosiltsev. Após 1803, Alexandre passou a recusar a ajuda deles e a apostar no jovem advogado Mikhail Speránski, a quem confiou as reformas do serviço público.
Durante a Guerra Patriótica contra a França de 1812, Alexandre demonstrou uma habilidade rara para um monarca: ele não interferiu enquanto seus comandantes militares faziam o seu trabalho. Deu a seus generais e comandantes-chefes a oportunidade de implementar o plano de vitória sobre Napoleão, desenvolvido por Mikhail Barclay de Tolly em 1810, ou seja, um plano de guerra de exaustão. Em seguida, ele liderou a campanha vitoriosa do Exército russo na Europa, que terminou com a captura de Paris.
5. Disposto a deixar o trono, morreu em circunstâncias misteriosas
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“Na verdade, eu não ficaria insatisfeito em me livrar do fardo da coroa, que pesa terrivelmente sobre mim”, disse Alexandre 1º em 1824 ao príncipe Illarion Vasilchikov. Mesmo quando criança, o príncipe pensava que governar a Rússia não era o seu único destino. Em certa ocasião, escreveu a seu tutor, Laharpe: “Quando a Providência me abençoar para elevar a Rússia ao grau de prosperidade que desejo, a minha primeira tarefa será abandonar o fardo do governo e retirar-me para algum canto da Europa, onde desfrutarei serenamente da bondade estabelecida em minha pátria”.
Tal idealismo é compreensível em uma criança, mas estranho em um monarca adulto. Em 1819, o imperador Alexandre anunciou ao seu irmão mais novo, Nicolau, e à sua esposa Alexandra Feodorovna: “Decidi renunciar às minhas responsabilidades e me afastar... Já não sou o mesmo que era e considero meu dever sair a tempo”. Quando o tsar viu que Nicolau e Alexandra estavam prestes a chorar, ele adicionou: “tudo isso não vai acontecer agora”.
Em 1825, a imperatriz Isabel Alekseevna estava gravemente doente. Os médicos recomendaram-lhe mudar para a cidade de Taganrog, na costa do Mar de Azov. Alexandre decidiu acompanhar a esposa e saiu dois dias antes dela para garantir que o caminho seria confortável. O tsar partiu para Taganrog à noite e, antes disso, visitou o principal mosteiro russo, Lavra da Trindade e São Sérgio, onde rezou por muito tempo.
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Quando o tsar morreu em Taganrog, em 19 de novembro de 1825, os rumores se espalharam por todo o país. Os assessores do imperador falecido lembraram-se de que, ao sair de São Petersburgo, Alexandre, em resposta à pergunta do seu criado: “Quando esperar o retorno de Vossa Majestade?”, ele apontou para o ícone do Salvador e disse: “Só ele sabe disso”. A misteriosa morte do imperador deu origem a boatos de que ele realmente deixou o trono e se escondeu para viver como um homem simples.
No entanto, todos os parentes e cortesãos que viram o corpo do imperador em Taganrog confirmaram que Alexandre Pávlovitch realmente morrera de uma doença desconhecida contraída durante sua viagem ao sul.
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