Você sabia que ‘schi’ azeda não é apenas uma sopa, mas também uma bebida?

Pretti / Getty Images
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Antigamente, a ‘schi’ era servida não apenas em tigelas e pratos, mas também em copos. Afinal, este era o nome não somente da sopa, mas também de uma bebida – um tipo de ‘kvass’ de pão.

A bebida era feita de malte de trigo e cevada, farinha de trigo e trigo sarraceno e aromatizada com mel e hortelã. Em seu livro “Moscou e os Moscovitas”, Vladimir Giliarovski disse que a ‘schi’ era selada em garrafas usadas para espumantes. O fato é que, ao contrário do kvass comum, essas bebidas eram altamente gaseificadas e um recipiente comum não suportaria a pressão do líquido borbulhante. O protagonista do conto “Minhas Esposas”, de Tchékhov, descreve sua bebida escolhida da seguinte forma: “Era uma garrafa de uma boa schi azeda no momento que abrimos.”

Domínio público
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A bebida era muito popular por ser refrescante e também ajudava aqueles que haviam ingerido bebidas alcoólicas no dia anterior a se recuperarem da ressaca. “A sopa de repolho azeda bate no nariz e acaba com o lúpulo!”, costumavam dizer.

Aliás, é daí que vem a expressão “professor kislikh schei” (“professor de schi”) — segundo uma versão, esse era o nome dado a uma pessoa que usava a bebida com muita frequência para curar ressacas. Com o tempo, o significado da expressão mudou e passou a se referir a um “especialista” em todos os tipos de assuntos frívolos, meio ignorante, mas sempre disposto a compartilhar sua opinião.

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