Como a imperatriz Maria Feodorovna organizou bailes coloridos à fantasia (FOTOS)
A imperatriz Maria Feodorovna, esposa de Alexandre 3º, era apaixonada por bailes à fantasia e sabia como organizar recepções que eram comentadas não apenas em São Petersburgo, mas também no exterior.
Retrato da imperatriz Maria Feodorovna, de Vladímir Makóvski, 1912.
O grão-duque Serguêi Aleksandrovitch escreveu sobre as festas de Maria Feodorovna com entusiasmo: “Eles (convidados) giravam e enlouqueciam sem parar. Perto do fim, corriam e caíam exaustos nas cadeiras, apenas para pularem pelo salão novamente pouco tempo depois”.
Os bailes à fantasia se distinguiam não só pelo luxo, mas também pela criatividade com que a imperatriz os conduzia.
Baile no Palácio de Inverno em 14 de Janeiro de 1888, de Mikhail Zítchi.
No inverno de 1888, um “baile verde” foi realizado no Palácio de Inverno. Os convidados estavam vestidos com trajes brancos, amarelos, vermelhos e rosa, e exclusivamente com esmeraldas. As damas, parecendo belos pássaros exóticos, dançavam no Salão de Nicolau, repleto de vasos de palmeiras para a ocasião.
Baile Negro, de Mikhail Zítchi.
Um ano depois, falou-se muito de outro baile oferecido por Maria Feodorovna, e não apenas em São Petersburgo. Senhoras vestidas exclusivamente com trajes pretos e diamantes reuniram-se no Palácio Anitchkov. O dress code foi anunciado apenas alguns dias antes do baile. Pouco antes disso, uma tragédia havia ocorrido: o príncipe herdeiro austríaco, Rodolfo, cometera suicídio. Contrariando a tradição, a família imperial russa decidiu não cancelar o baile – por vingança. Isso porque quando o grão-duque Nikolai Aleksandrovitch, herdeiro do trono e com quem Maria Feodorovna deveria se casar, morreu em 1865, a corte austríaca não declarou luto e organizou um grande baile. Um ano depois desse acontecimento, Maria Feodorovna se casou com seu irmão mais novo, Alexandre Aleksandrovitch, o futuro Alexandre 3º.
Filhas do ultimo imperador da Rússia Nicolau 2º, Olga e Tatiana.
Em 1914, Maria Feodorovna organizou um “baile branco” para duas debutantes – suas netas, as grã-duquesas Tatiana e Olga. Pela primeira vez em 20 anos após a morte do marido, ela decidiu reviver a tradição e recriou o último baile da vida dele, em 1894: os casais dançaram as mesmas músicas, e até o cardápio incluía os mesmos pratos da época.
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