5 norte-americanos que serviram nobremente a Rússia

Russia Beyond (Foto: Legion Media; Sputnik)
Russia Beyond (Foto: Legion Media; Sputnik)
Eles ajudaram os bolcheviques a consolidar seu poder no país, participaram da extensa industrialização stalinista e até lutaram no Exército Vermelho contra os nazistas.
  1. John Paul Jones

Domínio público Retrato de John Paul Jones (1747-1792) por George Bagby Matthews
Domínio público

Capitão norte-americano de ascendência escocesa, John Paul Jones é considerado um dos “pais da Marinha Norte-americana”. Durante a Guerra da Independência, ele se tornou um dos principais oficiais da Marinha Continental dos Estados Unidos e obteve mais sucesso em batalhas navais do que os demais.

Logo após o fim do conflito, o capitão encontrou uso para seus talentos no distante Império Russo, onde foi promovido a contra-almirante. Em junho de 1788, no comando de um esquadrão de 11 navios, ajudou a derrotar a frota turca perto da fortaleza de Otchakov, no Mar Negro. O inimigo perdeu 15 navios e 6.000 soldados; outros 15 mil foram feitos prisioneiros.

Na Rússia, John Paul Jones esperava seguir uma carreira brilhante – que foi arruinada por um escândalo sexual de grande repercussão. O comandante naval foi forçado a deixar o país às pressas. 

  1. John Reed

Sputnik Um dos organizadores do Partido Comunista dos Estados Unidos (1919), participante da Grande Revolução Socialista de Outubro, autor do livro Dez dias que abalaram o mundo. Escritor e jornalista americano John Reed (1887 - 1920) em reunião em Nakhitchevan
Sputnik

O jornalista e escritor John Reed era oriundo de uma família rica e estudou em Harvard, o que, no entanto, não o impediu de dedicar sua vida à luta pelo triunfo do socialismo. Na Rússia em 1917, testemunhou a Revolução Bolchevique, conheceu Lênin e Lev Trótski e até trabalhou por um tempo no Comissariado Soviético (Ministério) de Negócios Estrangeiros.

Reed descreveu os eventos revolucionários em detalhes em seu livro de 1919, “Dez dias que abalaram o mundo”. O trabalho do jornalista era muito popular na Rússia e Lênin, em particular, comentou sobre isso na introdução da edição de 1922: “Aqui está um livro que gostaria de ver publicado em milhões de exemplares e traduzido para todas as línguas. Dá uma exposição verídica e vívida dos acontecimentos tão significativos para a compreensão do que realmente é a Revolução Proletária e a Ditadura do Proletariado.” 

Leia mais sobre Reed na Rússia Soviética.

  1. Robert Robinson

Lev Nossov / Sputnik Robert Robinson (segundo à direita) instruindo operários em fábrica soviética
Lev Nossov / Sputnik

No final da década de 1920, a União Soviética deu início a uma industrialização em larga escala, para a qual convidou especialistas do exterior. Um deles foi Robert Robinson, o único trabalhador negro na fábrica da Ford em Detroit naquela época.

Para escapar do preconceito racial em sua terra natal, Robinson mudou-se para a União Soviética, onde viveu por 44 anos. Trabalhou em uma fábrica, envolveu-se com política e até atuou em filmes. Mas nem tudo transcorreu bem para o americano em seu novo país.

Leia sobre a difícil jornada de vida de Robert Robinson aqui

  1. Joseph Beyrle

Domínio público Beyrle como prisioneiro de guerra, outono de 1944
Domínio público

A biografia de Joseph Beyrle, um membro da 101ª Divisão Aerotransportada, é verdadeiramente única – durante a Segunda Guerra Mundial, ele conseguiu lutar pelos exércitos norte-americano e soviético.

Em junho de 1944, foi capturado na Normandia e acabou em um campo de concentração na Polônia. Logo escapou e abriu caminho para as posições do Exército Vermelho. 

  1. Aldrich Ames

Getty Images Ames teria comprometido cerca de 100 operações da CIA e ajudou a desmascarar muitos “toupeiras” da CIA
Getty Images

Aldrich Ames esteve entre os agentes mais valiosos e bem pagos da KGB. Ocupando um cargo de alto escalão na CIA, trabalhou para os serviços secretos soviéticos e russos por nove anos.

Graças a seus esforços, Moscou recebeu uma grande quantidade de informações classificadas e conseguiu expor diversos agentes norte-americanos, incluindo sete coronéis e tenentes-coronéis e até um general da KGB. Ames era visto como a menina dos olhos e apenas alguns poucos oficiais de alto escalão da KGB sabiam de suas atividades. Contudo, em 1994, o agente foi descoberto e preso pela CIA.

Leia mais sobre Aldrich Ames, bem como sobre agentes duplos igualmente eficazes aqui. 

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